A Prefeitura de Goiânia iniciou estudos para usar parte dos recursos da Taxa do Lixo para financiar os processos de reciclagem de resíduos sólidos em Goiânia. A proposta foi protocolada no sistema de gestão de processos da prefeitura pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços e defende a iniciativa para reconhecer as cooperativas de reciclagem como parte do ciclo de tratamento dos resíduos sólidos e fortalecer a cadeia com uso de parte das receitas da taxa do lixo.
Se for aprovado, o projeto poderá retirar até 60% do volume e 35% do peso dos resíduos domésticos que hoje são encaminhados para o aterro sanitário. Este é um dos principais desafios da atual gestão, onde o pagamento do serviço de coleta e a pressão sobre o aterro sanitário têm virado pauta na justiça e na política.
O projeto surgiu logo depois que o Movimento Reciclar lançou em Goiânia um conjunto de dados e estudos revelando que o lixo pressiona o ambiente, contamina o solo, a água, contamina a cadeia alimentar, mata a fauna, sufoca a flora. O Reciclar defende que o ciclo da reciclagem pode resolver todos estes problemas, além da inclusão social, já que eleva catadores de rua à condição de agentes ambientais.
O desperdício de recicláveis representa perda de oportunidades, escassez de matéria prima, gasto de energia e geração de gazes de efeito estufa para a reposição e encarecimento dos produtos com reflexos na economia doméstica.